Um tecido misturado entre o privado, constituído de quarteirões edificados, com os espaços abertos, como praças e ruas.
Na cidade tradicional, a dimensão e a organização do alojamento resultavam da forma do edifício, e este da forma do lote e da sua posição no quarteirão. O espaço era regulado com ruas, quadras, quarteirões e lotes, tendo uma ocupação do solo intensa para a edificação, mantendo a ideia de um tecido continuo e conjunto.
Para o urbanismo moderno, a célula habitacional é o elemento-base de formação da cidade. Le Corbusier ocupa um lugar de destaque no movimento moderno e pode ser considerado o principal inspirador do novo modelo de cidade, cidade essa que apelidou de “radiosa”.
Na cidade funcional, as edificações se encontram isoladas, tendo ao seu fundo espaços abertos com acessibilidade não controlada. A ideia do coletivo tem grande importância na organização dos espaços, estruturados em superquadras, abolindo subdivisões no terrenos, tornam o espaço coletivo à escala da cidade. Tal organização tinha como proposta uma sociedade igualitária que incorporava uma cidade com todas as classes sociais residindo em um mesmo espaço.
O plano procurava o equilíbrio entre a capacidade de fluxo indispensável à circulação urbana e às condições de vida do meio ambiente.
Contrária a Cidade Figurativa, que busca a maior ocupação do solo, a Cidade Funcional apoia a baixa densidade e a baixa ocupação do solo. O espaço privado é constituído pelo interior da edificação e o público era o espaço aberto à escala da cidade.
Tal plano inspirou vários projetos de urbanismo, comparando Brasília com os projetos de Le Corbusier como o Plano Voisin ou Une ville contemporaine pour trois millions d´habitants, mostra as mesmas linhas funcionais, a mesma descontinuidade do espaço urbano, a mesma repetição de formas, as mesmas vias expressas.
Fontes de pesquisa:
COMAS, Carlos Eduardo. Cidade Funcional X Cidade Figurativa, In Revista AU. dez/jan. 80/81
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